terça-feira, 28 de abril de 2015

O RISO DO MENINO - Poesia - Jaque Plucênio - Jornal de Rio Pardo 24 e 25 de abril de 2015

O riso do menino
Jaque Plucênio

O riso com que se ria à exaustão;
O riso como brincadeira de criança;
O riso e o menino cresciam juntos;
O menino grande ria um grande riso.
Ri o menino da graça e sem razão;
O menino ri, ri e não cansa;
Risos soltos de seus mundos;
Ri sem juízo e sem ciso.
O menino ria à loucura;
Gargalhava dos outros e de si;
Riso misto de leveza e dureza;
Alegria bombando nas veias.
Escapou riso triste de tortura;
Lágrimas do menino que não ri;
Dor terrível da incerteza.
Do menino, o riso calado;
No peito, coração apertado;
Olhar vazio e cansado.
Menino, menino, ah, teu riso!
Te abraço, menino; preciso!
Menino, homem grande e criança,
Recebe num abraço a esperança
De ouvir por toda vida teu riso,
De ver para sempre teu sorriso.
(Depois do purgatório II - Claudia Rogge)
Imagem copiada de www.grupodeliriodeteatro.blogspot.com.br/2014/02/satyricon-delirio-claudia-rogge.html, em 28 de abril de 2015.







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