Fragmento de Cartas a Théo, do pintor holandês Vincent Van Gogh (1853-1890), p. 102, Porto Alegre: L&PM, 2012:
Van Gogh escreve esse trecho após descrever ao irmão a sensação que lhe provocara um passeio seu pelos campos e florestas de Leidschendam, no período em que ainda estava na Holanda.
"Esta imagem me fez ver como também um homem de modos e atitudes absurdos ou cheios de excenntricidades e de caprichos, tão logo sinta-se atingido por uma verdadeira ou comovida por uma desventura, pode tornar-se uma figura dramática de um caráter extraordinário. Cheguei a pensar um instante na sociedade atual, em como ela também, enquanto precipita-se para sua própria ruína, pode às vezes, vista por contraste à luz de uma renovação, aparecer por momentos como uma grande e escura silhueta.
Sim, para mim, o drama da tempestade na natureza, o drama da dor na vida, são certamente os mais perfeitos."
A natureza marcava fortemente a Van Gogh. Ele tinha uma sede de entranhar-se na essência das coisas: de uma árvore, de um rio, de uma plantação, de um céu azul ou vermelho. Mas também enternecia-se e tentava traduzir imagens cotidianas de mulheres e homens sofridos com o trabalho miserável no campo e nas minas.
A imagem acima é um autorretrato de Van Gogh.
Aproveitem e visitem o site do Museu Van Gogh:
www.vangoghmuseum.nl
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